Após a pandemia, os jovens chineses voltaram a ter interesse em estudar no estrangeiro, mas menos nos Estados Unidos

O aumento das mensalidades, o reforço das medidas de segurança e a incerteza derivada da política global têm contribuído significativamente para uma redução no número de estudantes chineses que optam por estudar nos Estados Unidos.

Este fenômeno é observado em várias esferas. Por exemplo, as mensalidades nas instituições americanas tornaram-se exorbitantes para muitos estudantes, como foi o caso de Helen Dong, que, diante dessa realidade, escolheu frequentar uma universidade em Hong Kong.

Similarmente, Yvonne Wong, preocupada com a segurança pessoal, fez a opção de estudar no Reino Unido.

Essa tendência, além disso, é impulsionada por mudanças na política educacional chinesa e pelas tensões crescentes entre os Estados Unidos e a China.

Segundo Fanta Aw, da Associação de Educadores Internacionais da NAFSA, a educação internacional desempenha um papel crucial na manutenção de relações bilaterais estáveis a longo prazo.

No entanto, observa-se uma diminuição no número de estudantes chineses matriculados em programas de graduação e pós-graduação nos Estados Unidos, devido não só aos custos elevados das mensalidades, mas também à diminuição da população estudantil na China e a questões geopolíticas em curso.

Para muitos estudantes chineses, o sentimento crescente de patriotismo tem motivado a escolha por universidades locais, enquanto o governo chinês critica vigorosamente os Estados Unidos pelo tratamento dispensado aos seus estudantes.

Essa hostilidade mútua tem impactado a decisão das famílias chinesas de enviar seus filhos para estudar nos EUA.

Apesar disso, o Reino Unido continua a atrair interesse devido à sua reputação de segurança e alta qualidade educacional.

A pandemia também tem influenciado essa tendência, com mais jovens chineses demonstrando disposição para estudar no exterior.

Como consequência, a emissão de vistos de estudante para cidadãos chineses nos Estados Unidos aumentou, embora ainda não tenha retornado aos níveis pré-pandêmicos.

Embora o número de estudantes chineses nos Estados Unidos tenha aumentado consideravelmente desde o estabelecimento das relações oficiais EUA-China, diversas razões estão contribuindo para uma inversão dessa tendência.

Mudanças na política educacional chinesa e preocupações geopolíticas estão entre os principais fatores que alimentam essa mudança.

 

Fonte: The Associated Press 

 

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