Estudantes em apuros: como a defasagem nas bolsas de doutorado sanduíche está prejudicando nossos cientistas no exterior!

A jornada acadêmica de Édypo Melo na Califórnia, em busca de um doutorado sanduíche com a NASA, revela uma realidade financeira desafiadora.

Desde 2013, estudantes internacionais como Édypo têm enfrentado um congelamento das bolsas Capes, complicando significativamente a gestão de suas finanças pessoais.

A situação o forçou a considerar medidas extremas, como limitar sua alimentação e até vender plasma sanguíneo para arcar com as despesas, que incluem dívidas acumuladas no Brasil.

Embora a Capes tenha ajustado o valor das bolsas para US$ 1.700 em cidades com alto custo de vida, como a Califórnia, esse montante ainda é insuficiente frente ao custo de vida mínimo de US$ 2.400 estipulado pela NASA.

A agência e o CNPq reconhecem os problemas orçamentários e discutem possíveis suplementos, mas sem soluções concretas até o momento.

Vinícius Soares, representante da Associação Nacional de Pós-Graduandos, argumenta que uma bolsa adequada para essas localidades deveria ser de US$ 3.800, para garantir uma vida digna aos estudantes.

Além disso, a crise econômica pode afetar as relações diplomáticas, já que estudantes brasileiros com recursos limitados enfrentam rejeição em universidades internacionais.

Pesquisadores como Uyara Gomide, que se mudou para Londres com seu filho, lidam com desafios adicionais pela falta de um sistema de apoio, impactando negativamente sua produtividade acadêmica.

Essa situação ressalta a necessidade urgente de revisão das políticas de apoio a estudantes no exterior, para que possam prosseguir com seus estudos e pesquisa sem comprometer seu bem-estar.

 

Fonte: O Globo

 

Encontrou algum erro no artigo? Avise-nos.

Rate this post


Leave a Reply

Open chat
1
Olá, estamos online...