Os professores listam problemas da educação brasileira, incluindo falta de entusiasmo e remuneração: saiba mais

Segundo pesquisa do Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras do Ensino Superior), 63% dos professores afirmaram que um dos principais problemas da educação básica no Brasil é a falta de disciplina e interesse dos alunos.

Dos professores, 59% têm consciência da ausência de participação familiar. Outra constatação da pesquisa, que contou com 444 professores de escolas públicas e privadas e foi realizada entre 18 e 31 de março de 2023, foi que 75% dos entrevistados não valorizavam seus empregos.

Entre as outras dificuldades estão a remuneração insuficiente (58,3%), a infraestrutura educacional inadequada (57,7%) e a assistência psicológica inadequada (39%).

Uma questão importante também é a violência nas escolas, com 52,3% dos professores relatando ter sofrido algum tipo de violência no trabalho, a maior parte agressividade verbal (46,2%).

Além disso, o estudo mostra que o comportamento dos alunos mudou negativamente nos últimos anos, o que é atribuído aos efeitos do encerramento prolongado das escolas durante a epidemia e ao uso excessivo de telemóveis.

Os professores observam que os alunos estão se tornando mais desmotivados, ansiosos, hiperativos, apáticos, introspectivos e agressivos.

Há muito descontentamento com o trabalho; quase 80% dos professores pensam em desistir.

As principais questões levantadas pela presidente do Semesp, Lúcia Teixeira, são os baixos salários e a necessidade de formação para novos modelos educacionais.

A análise também mostrou que, nos últimos dez anos, a frequência de graduação em cursos presenciais diminuiu 35%, enquanto as matrículas em cursos de graduação à distância mais que dobraram.

Comparados aos formados presencialmente, os professores formados em EAD (educação a distância) estão menos satisfeitos com sua formação: apenas 15% dos formados em EAD acham que sua formação foi excelente, contra 34,8% dos formados presencialmente e 5% dos formados em EAD acham que a formação deles foi péssima, cinco vezes mais do que os formados presencialmente.

 

Fonte: O Tempo

 

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